segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

SARABAND!!!!!!





Sai!
Não tirem de mim a voracidade tão
necessaria pra sobreviver,
as ervas daninhas instigam meu ser com altivez de
prevalecer,
engendram os muros dos canaviais,
se escondem nas sombras de
toda a cidade
a sensualidade dos carnavais.

Os muros de pedra
não calam a verdade da fera em mim que não podem deter;
o trem noturno da
moralidade não trilha o caminho do amanhecer,
não quero juízo a me
contemplar,
nem outros preceitos a me corromper,
prefiro os sinais que
percorrem os gritos
galopando o mito do singelo ser.

No caminho
real bem e mal se confundem,
lapindam-se num carcere fatal;
Anjo e dêmonio!
Eterno desdobrar entre espeço e tempo,
que turvam-se total no
simples momento.

Julgai, oh fera selvagem!
A devorar minha
lucidez!
quero perder-me noutra viagem,
devastando a plumagem da
insensatez,
sem passo,

nem traço e com toda coragem;

não cabe à medida do
pecado sufocar as raízes do desejo,
do sexo e do prazer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário