domingo, 11 de janeiro de 2009

CIEPA - AÇÃO!!!

Sou Frida
Com todos os calos
Com todas as cores...

Sofrida!
Sou rouco,
sou pouco,
sou louco...
Não há medida que decida,
nem intensidade cabida
(ao colher...)

Não há caminho
ou espaço,
Frida não escolhe,
Frida é “frida”!
Com todas!
E todas em Frida...

Sou manco,
sou gordo,
sou corcunda.
Com todos os buracos
sou louco,
mas sou frida!

Frida não é “a”
Frida não é “o”
Não vem de azul
Não canta em rosa
Frida esta no branco
corre e salta para o negro
em relento passo e olho
retorna ao branco
e Frida é o próprio vermelho.

Frida não é
Frida esta
não é pessoa, jeito ou coisa
sempre esteve e assim
Frida é...
Entre o mármore e o barro
do lábio ao forceps
do ventre ao átrio
Frida move-se ao nutrir
ao ereto fundir,
embruma da ingratidão,
ao suór que goteja e soteja,
na soleira
e a tenrro consumado
ao incerto e mal fadado
infortúnio.

Se sou frouxo
sou seco
sou pó, poligem
sou ferro, fundindo
e se passa a fedido
sou preto tingido de pólem;
o vento me bate e sacode
lustra-me as lâminas
vermelho ferrugem!
Esguilha
corta, dilacera, amarra
e engendra a fagulha
entre as entranhas.
Ponto funil que remete entre o abismo
de negro e do branco,
Arde, arde e ensanguenta
teus pés sanguinários...
Como bates
a juba entre os campos
não podes fugir
o chão vais tingir
É Frida!
De Frida não se foje
nem se apaga,
por todos,
e por nada
a valer...
aquem do juízo, do valor e da razão.
sem nome,
sem destino
Não consta...
Cale-se ou grite
FRIDA!

Um comentário:

  1. Piiiaaa... voce por aqui!!! Quanto tempo!!! Adorei seu blog, como assim não sabia que vc estava envolvida com artes e escreve também! Eu adoro, e aliás tenho até um blog sobre isso, visita lá quando puder!!! Muito boas as suas criações, parabéns, vamos trocar mais idéia sobre elas!!! Bjo fiaaa

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